Vivemos em uma economia de dados. Quase todos os produtos, serviços ou processos com os quais interagimos coletam e processam algum tipo de dados sobre nós. Para citar apenas algumas das inúmeras maneiras diferentes pelas quais tais dados são usados podemos dizer que esses dados são utilizados por algoritmos de aprendizado de máquina projetados para antecipar hábitos, comportamentos futuros, preferências de consumo ou até mesmo possíveis doenças futuras ou problemas de saúde. Juntamente com essa crescente dependência de dados pessoais, estamos acompanhando o surgimento de regulamentações cada vez mais rigorosas, destinadas a responsabilizar as organizações que coletam e processam nossos dados em caso não apenas de incidentes cibernéticos, como o vazamento de dados, mas também para regulamentar como esses dados são utilizados por essas empresas. Legislações como a LGPD, a GDPR e a CCPA preveem penalidades severas para organizações que não cumprem seus requisitos. Esse surgimento de regulamentações, por sua vez, vem criando uma demanda sem precedentes por profissionais capazes de operar na interseção entre direito e tecnologia e propiciaram o surgimento da Engenharia da Privacidade e Proteção de Dados como uma carreira
altamente desejável e para a qual há atualmente uma escassez significativa de profissionais qualificados no Brasil e no mundo.