Muito se pergunta a respeito do mercado de TI após o início da crise causada pelo novo coronavirus. Mesmo com algumas demissões em empresas de tecnologia, o setor como um todo cresceu em 2020.
Com muitas empresas partindo para o home office e investindo em operações de comércio digital, é natural que haja uma procura por profissionais de TI. Levantamento feito pela startup Revelo e divulgado pelo Estadão mostra um aumento de 25% nas contratações no primeiro mês de quarentena em São Paulo. Segundo o levantamento feito pela plataforma, houve ainda um crescimento de 20 a 30% nas faixas salariais de carreiras ligadas à tecnologia.
Demissões foram um ajuste de empresas, e não uma tendência setorial
Se por um lado as demissões em empresas como a Creditas, a GetNinjas, a Omiexperience, Gympass, C6 Bank, MaxMilhas, RockContent e a Kenoby foram largamente divulgadas pela imprensa, não é uma tendência no mercado de TI. As movimentações das mais diferentes empresas apontam para o crescimento de operações de tecnologia de informação em praticamente todos os setores.
Muitos segmentos da sociedade como educação e saúde tiveram uma necessidade de forte investimento e rápida adaptação tecnológica. Além disso, muitas organizações já anunciaram que o trabalho remoto irá continuar pelo menos até dezembro, independentemente de qualquer decreto de quarentena. São os casos de Coca-Cola, Nubank e XP Investimentos. Outras vão além e já estudam manter a operação permanentemente à distância, como o Twitter e o Facebook.
Estas decisões vêm acompanhadas de uma série de necessidades no que diz respeito a acesso, compartilhamento e segurança das informações das empresas. É a oportunidade para que executivos de TI tenham ainda mais valorização em um mercado que já vinha crescendo nos últimos anos.
Outras oportunidades para o mercado de TI
Além do home office, muitas oportunidades têm surgido para profissionais de TI. Processos de seleção e recrutamento, aumento significativo nas atividades de e-commerce e o surgimento de muitas empresas online são a nova realidade do mercado. Academias, escolas, congressos, shows e eventos esportivos entraram no radar dos gestores ligados à área de tecnologia da informação.
O lançamento de novas plataformas, bem como as necessidades de segurança cibernética apontam para o crescimento bem sucedido e estruturado dessa carreira. E deve ser apenas o começo. A economia proporcionada pelo trabalho remoto e o aumento de receita das operações online de quem ainda não as tinha devem estimular outras empresas a aderirem ao novo modelo de negócios.
É o chamado “novo normal”, que trará mais restrições no mundo real, aumentará o isolamento físico das pessoas, e demandará muito mais da estrutura tecnológica de empresas, residências e serviços.
Já falamos um pouco neste texto aqui sobre o crescimento dos profissionais de Cibersegurança, e a tendência é que toda a área de TI cresça proporcionalmente ao aumento da demanda.
Perfil do executivo de TI
Considerando este cenário de crescimento forçado e não estruturado, o que podemos esperar do executivo de TI? Abordamos um pouco as competências exigidas deste profissional neste artigo, mas algumas adaptações devem ser feitas. A velocidade e a necessidade das transformações causadas pela pandemia pedem que este profissional tenha uma capacidade gerencial muito proeminente. Mais do que um conhecedor técnico, estamos falando de alguém com poder de gerenciamento e visão global das diferentes áreas da empresa.
Saber lidar com um projeto do início ao fim, conhecer a parte financeira e orçamentária são algumas das características que impulsionarão este profissional ao topo do mercado de TI. Além disso, caberá a este profissional assumir riscos e trazer resultado de curto prazo à organização. Cada vez mais, será fundamental mostrar a relação entre investimento e retorno na área de tecnologia de informação.
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