A recente regulamentação do Open Banking anunciada pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional tem movimentado pessoas e empresas do setor financeiro. Para o consumidor, as vantagens estão claras, e os benefícios serão muito grandes com o passar do tempo. Mas… e para os bancos brasileiros? Para as Fintechs? Como essa notícia afeta as empresas de TI e Cibersegurança e qual o impacto sobre desenvolvedores do sistema de informação das empresas financeiras?

A princípio, é necessário entender o que é exatamente o Open Banking. Baseado na legislação aprovada na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), os donos dos dados financeiros são o usuário, e não as instituições. Em outras palavras, significa que seu sigilo bancário é um direito seu, e não do banco do qual você é correntista. Da mesma forma, os seus gastos com empréstimos, seguros, previdências, investimentos e cartões também dizem respeito a você e, por isso, são sua propriedade.

Pensando nisso, o Open Banking é a abertura desses dados, de forma padronizada e mediante autorização do usuário, para todas as empresas envolvidas.

Para o consumidor, como dissemos, os benefícios são muitos. Para começar, você autoriza empresas do ramo financeiro a acessarem seus dados. Agora imagine que, neste mês, você teve uma dificuldade qualquer e precisará usar o limite do cheque especial da sua conta. Com o Open Banking em funcionamento, várias outras empresas, além do seu banco, poderão oferecer a você essa – ou outra – linha de crédito. Claro que isso significará uma queda na taxa de juros, serviços mais competitivos e maior opção de escolha pelo consumidor.

Mas… e para as empresas do setor?

O Open Banking trará padrão para o setor financeiro

Uma das principais mudanças que observaremos com o Open Banking será a padronização dos dados. Se hoje cada banco / fintech utiliza uma linguagem diferente para desenvolver suas APIs, a tendência é que haja uma convergência nesses dados. Com a necessidade de ceder e receber de outras instituições, haverá um padrão dominante na forma de construir, gerenciar proteger e compartilhar as informações coletadas.

Isso, por si só, já poderia significar uma verdadeira revolução no setor. Levantamento divulgado pelo Portal Startse.com aponta que há mais de 600 startups oferecendo serviços financeiros no Brasil. Integrar os dados de todas essas empresas com bancos, operadoras de cartão e os outros players do sistema financeiro seria um desafio e tanto.

Por sua vez, se o desafio é gigante, os benefícios para todos do setor também o são. A padronização dos dados fará com que em médio e longo prazos o setor economize muitos recursos. Este interessante gráfico desenvolvido pela empresa alemã NDGIT mostra muitas possibilidades que se abrem com a regulamentação do Open Banking.

Desenvolvimento, Infraestrutura, Segurança e Valor agregado

Se o mercado passará por rápidas e profundas alterações, o que as empresas esperam de funcionários e organizações de TI? Como resultado imediato, os setores de desenvolvimento, infraestrutura e segurança serão muito demandados. Empresas que não estão preparadas correrão para não perderem o início da mudança, e as que estão mais estabelecidas buscarão manter sua condição. Só isso, entretanto, não será suficiente para conseguir um diferencial para o cliente.

Acima de tudo, as empresas do setor financeiro buscarão formas de oferecer valor agregado a seus consumidores. A grande aposta está em que sistemas de inteligência artificial e respostas rápidas às necessidades dos clientes serão os principais caminhos. Com um sistema integrado e centenas ou milhares de empresas lutando pelos mesmos consumidores, será fundamental poder resolver rapidamente as dores dos clientes. A oferta de serviços de forma preventiva e até mesmo sistemas de organização financeira pessoal estarão em alta e serão muito disputados.

Em síntese, não se trata apenas de qual empresa conseguirá a melhor taxa de juros ou planejamento de investimentos. Para ser uma empresa vencedora, será necessário oferecer isso para a pessoa certa no momento certo. Definitivamente, será o momento de integrar a parte operacional da TI com a estratégica das empresas, a fim de estar disponível para os clientes certos. Desenvolver novos modelos de negócios para a área será um diferencial e, como em qualquer mercado novo, os primeiros terão vantagem sobre quem chegar depois.

Curso de Extensão Open Banking e Arquiteturas de APIs

O objetivo do curso é prover uma visão geral sobre o conceito de Open Banking, a legislação relativa a ele, a proposta de regulamentação do BACEN para o Sistema Financeiro Aberto do Brasil, as possibilidades de modelos de negócios, a segurança do ambiente e como desenvolver a Arquitetura das APIs (interfaces de programação de aplicativos) utilizadas por aplicativos e sites da internet que irão explorar os conceitos do Open Banking num ecossistema de pagamentos instantâneos no Brasil.

No final do curso, os alunos terão adquirido conhecimentos e técnicas fundamentais para a arquitetura e gestão de projetos de APIs para Open Banking. As aulas são ministradas por profissionais com experiência técnica e de gestão em projetos de Open Banking, trazendo para os alunos exemplos e situações que as empresas estão enfrentando ao desenvolver projetos de Open Banking.

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Início em 17.05.2021. Últimas vagas disponíveis.