“Mitos são sonhos públicos. Sonhos são mitos privados.”
A frase é do escritor e professor americano Joseph Campbell, autor do livro “O herói de mil faces”. Campbell dedicou grande parte de sua carreira para desvendar a razão pela qual diferentes mitos de diferentes culturas possuem estrutura incrivelmente similar. Outro pensador proeminente do século XX que se ocupou com essa questão foi o psicólogo suíço Carl Jung. Jung e Campbell propuseram que temas e símbolos mitológicos emergem de uma área da mente chamada “inconsciente coletivo”. Segundo Jung, o inconsciente coletivo é “um substrato psiquíco comum de natureza suprapessoal que existe em cada indivíduo.” Jung ainda afirma que o conteúdo do inconsciente coletivo é formado por arquétipos. O “herói mitológico” é um desses arquétipos. Concomitante a isso, Campbell afirma: “Os símbolos da mitologia não são fabricados; eles são as produções espontâneas da mente.”
Construção da Jornada do Herói
Concluímos então que as representações mitológicas, sendo a do herói a mais recorrente, são na verdade projeções de aspectos do nosso inconsciente. É por esse motivo que histórias de heróis são tão atrativas e populares – nos vemos no herói. O Hobbit, Harry Potter, Pinóquio, Rei Leão e inúmeros outros compartilham a mesma estrutura de histórias antigas que, simplificadamente, consistem das seguintes etapas:
- Apresentação de uma ordem vigente/Status quo/mundo conhecido
- Surgimento de um problema e convite para aventura
- Identificação de aliados, monta-se um “time”
- Partida para o desconhecido/mundo além das muralhas
- Provações, obstáculos e dificuldades
- Aproximação ao monstro/problema em si
- Enfrentamento do monstro: Crise/morte/sacrifício
- Sucesso inesperado
- Obtenção de tesouro
- Retorno ao mundo conhecido
- Confronto com poder/quem manda
- Resolução visando o bem maior
- Renovação da ordem, introdução de novo Status Quo. Cria-se um novo mundo conhecido, melhor que o inicial.
Herói é aquele que se sacrifica
Resumindo, herói é aquele que voluntariamente parte para o desconhecido, enfrenta o perigo mais terrível e se sacrifica em prol do bem maior e da evolução da comunidade. Além disso, é importante salientar que a jornada do herói consiste em um ciclo – o fim possibilita o surgimento de uma nova jornada.
Podemos usar esse conhecimento para moldar estratégias e apresentações de vendas. Coloque seu prospect no lugar do herói, faça-o imaginar-se dentro da jornada:
- Convença-o de que o estado presente não é satisfatório e deve ser melhorado.
- Coloque-se como aliado e mentor – você possui conhecimento indispensável.
- Demonstre que seu produto será indispensável para superar o desafio e atingir o objetivo. Analogamente, seu produto deve ser para seu cliente o que o martelo Mjollnir é para Thor.
- Acompanhe-o na jornada ao desconhecido e mostre por que você e seu produto são essenciais.
- Mostre quão melhores as coisas podem se tornar.
É importante deixar claro a seu prospect as possíveis consequências da inação. Nas histórias de heróis, a alternativa à jornada é geralmente a aniquilação do indivíduo e da comunidade.
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