Você certamente ouviu falar em Internet das Coisas (em inglês, IoT). Por ser uma tendência de consumo, é um dos caminhos que as empresas de tecnologia têm percorrido. Se o termo lhe é familiar, porém não o conceito, a resposta é simples. A IoT é basicamente a conexão de qualquer objeto para que este troque informações com outro objeto ou pessoa. Pode ser via internet, chip, wireless, RFID, Bluetooth, Ethernet ou qualquer outro tipo de conexão. Sempre que houver um aparelho transmitindo e recebendo informações, estamos falando de IoT.
Para as empresas de tecnologia, investir em IoT tem sido uma estratégia comum, uma vez que é um mercado que cresce muito. Porém, quais são os principais desafios do setor? Há demanda e infraestrutura tecnológica para isso? O consumidor está pronto para aceitar e utilizar aparelhos que estão conectados e transmitem e recebem informação o tempo todo?
No decorrer deste texto, traremos informações sobre como está o mercado de IoT e o que impede um crescimento ainda mais rápido do setor.
O Mercado de IoT está em franco crescimento
Primeiramente, quando falamos de IoT, não estamos falando de um mercado pequeno. Por mais que a expansão dele seja recente, os números impressionam e fazem com que todas empresas de TI acabem por ter algum interesse nele.
Um estudo recente divulgado pelo portal Terra mostra que em 2018 o mercado de IoT alcançou 130 bilhões de dólares, e que a estimativa era que entre 2019 e 2023 ele chegasse a 318 bilhões. Isso significa um aumento anual de 20%, o que não é pouca coisa. Segundo o portal Canal Tech, há a previsão de que em 2025 tenhamos mais de 75 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo. Outro levantamento, publicado no Computer World, ressalta esses dados. Neste estudo, o volume estimado de transmissão de dados em sistemas de IoT em 2020 está na casa dos 50 trilhões de GB.
Do mesmo modo, o mercado brasileiro também vem em franco crescimento, apesar das dificuldades causadas pela regulamentação que temos por aqui. Um placar em tempo real da Associação Brasileira de Internet das Coisas – ABINC mostra, enquanto este texto é escrito, que há 416 milhões de dispositivos conectados em nosso país.
Sendo assim, é um mercado mais que relevante, e que certamente move todas as organizações da área de tecnologia, direta ou indiretamente.
Principais dificuldades do mercado brasileiro
Se por um lado o mercado como um todo oferece muitas oportunidades, no Brasil temos dificuldades bastantes específicas em relação à IoT. A primeira delas diz respeito à legislação.
O processo de liberação de produtos que estejam conectados é muito burocrático. Eles precisam ser homologados e autorizados pela ANATEL – Agência Nacional de Telefonia, e o processo não é exatamente simples. Para a Associação Brasileira de Lewtechs & Legaltechs – AB2L, o procedimento de certificação e homologação de equipamentos é complexo, extenso, moroso, com múltiplas análises de diferentes agentes e não estão em sintonia com processos internacionais feitos por agentes de outros países.
Em outras palavras, se você quer lançar um produto IoT, terá que se submeter a um longo processo burocrático. Isso atrasa o planejamento da empresa e gera um entrave para um produto que muitas vezes já é largamente conhecido e usado em outros países.
Há ainda uma discussão a respeito dos dados obtidos e enviados pelos dispositivos. A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) tem alguns pontos polêmicos, e em breve será colocada em prática, como você pode ler aqui.
Inclusão Digital e a IoT como solução permamente
Do mesmo modo, ainda há o problema da inclusão digital do brasileiro. Apesar dos avanços conquistados nos últimos anos, grande parcela da nossa população não tem acesso à internet, ou quando tem ainda é de baixa qualidade. Além disso, o cidadão brasileiro tem uma dificuldade com dispositivos eletrônicos. Basta verificar o tamanho das filas em caixas eletrônicos no dia de pagamento, ou até mesmo a demora de muitas pessoas na hora de votar em urnas eletrônicas. Recentemente postamos aqui um texto falando sobre os golpes cibernéticos na quarentena, e isso é um evidente sinal de que é necessário amadurecermos no trato com objetos conectados.
Apesar das dificuldades, é possível dizer que no Brasil e em todo o mundo a IoT é um caminho sem volta. Todas as empresas que trabalham com eletrônicos estão se adaptando, e no futuro devemos ter tudo ou quase tudo conectado de alguma forma.
Muitos cursos, empresas e órgãos governamentais que estudam cidades inteligentes demonstram os benefícios da IoT não somente para o conforto.
Essas tecnologias serão cada vez mais usadas para prevenção na saúde, segurança e até mesmo fiscalização de empresas. Com a IoT, um médico saberá como está seu paciente, o governo poderá determinar políticas públicas de policiamento, entre outras coisas.
Imagine que com o rastreamento em tempo real de produtos, por exemplo, ficará muito mais difícil para uma empresa sonegar impostos ou lavar dinheiro. Será fácil saber quando, de onde e como um produto chegou, e o destino depois disso. O aprimoramento necessário para a implantação deste modelo será feito, e os benefícios serão muito maiores que os riscos, de maneira geral.
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